domingo, 27 de junho de 2010

Das raízes...

Foi só pegar a estrada
e todo mal estar ficou nas Marginais
e nas águas sujas do rio que corta a cidade que escolhi para morar.
Sim, porque poderia estar em qualquer outro lugar do mundo.
Mas foi ali que finquei minhas primeiras raízes,
numa cidade sem horizonte, logo eu que nasci no mar...
Como se não bastasse, as raízes estenderam-se serra abaixo,
ali, no caminho entre a montanha e o mar,
e que raízes profundas...
Tão profundas como as árvores centenárias
que beiram o riacho que corta o lugar que escolhi
para chamar de refúgio, santuário, minha casa, nosso sítio.
Depois das raízes que já existiam no lugar,
vieram as raízes de pedra, pilares bem fincados em construções sólidas,
de uma morada para se ficar até o fim...
Logo eu, que sempre detestei raízes...
Me pego este fim de semana de lua cheia nutrindo...
Nutrindo plantas, cachorras, galinhas e pessoas...
E o mais surpreendente:
adorando!!!

2 comentários:

  1. Que privilégio ter um refúgio como este, você se refere a ele com tanto carinho.....me passa algo muito aconchegante e de muita conexão. beijo

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