Sofremos muito mais quando somos jovens porque ainda não entendemos que nada é definitivo,
muito menos nossas escolhas erradas. Os erros são o que nos move a fazer melhor da próxima vez...
Sem eles, seriamos como cópias piratas de um documentário produzido pelos nossos pais.
Devíamos agradecer aos tropeços que damos porque são eles que nos fazem parar para pensar,
porque nos despem de arrogância, porque nos fazem crescer.
Bom mesmo é aprender com os passos que vamos dando, cada vez menos trôpegos...
A idade tem destas gentilezas...
Aos vinte anos, vemos apenas nosso próprio umbigo;
aos trinta, o umbigo do parceiro, mas aos quarenta, percebemos que todos os umbigos são iguais.
Não queremos mais ser, nem muito menos, ter o umbigo do outro.
E passamos a encarar o vazio com respeito e admiração, deixando que ele se preencha ao acaso.
E isso é delicioso. Não mais planejar, não mais querer ser mais rápido que o tempo...
Apenas fazer o que tem que ser feito e esperar.
Deus mora nos intervalos...
Saber aceitar as transformações, inclusive físicas, e as limitações que o tempo trás.
Para o auto conhecimento, o tempo só conta a favor.
A idade vem para nos ensinar o que a juventude não quer ver:
que não somos nosso corpo.
Ao perceber isso, vemos que não somos diferentes do mendigo que pede um trocado
ou do cara na cadeira de rodas que vende chicletes na rua.
Todos nascemos, crescemos e morreremos...
E passamos a andar por aí de vidro aberto, trocando sorrisos, cumprimentos e dando passagem
a quem ainda tem pressa de chegar a algum lugar...
Namaste...
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