Yoga não é um conhecimento para ficar trancado em guetos,
e sim, para ser vivido em todas as horas e lugares e por todas as pessoas.
É muito fácil ficarmos trancados em nossos deliciosos retiros e cursos
que enchem nossa alma de sentido e certezas.
O duro é ser yogui onde ninguém é... Onde a gente se sente um alienígena.
Todos, que estamos na busca de quem somos, já somos mestres, apenas ainda não sabemos...
Intuimos que a vida tem um sentido muito maior do que as funções que nosso ego cumpre,
mas ainda temos um véu que insiste em não nos deixar ver.
Para isso, buscamos nossos mestres. Para que eles nos ajudem a tirar o véu.
Portanto, ao se deparar com um mestre que deposite em você expectativas e cobranças, tenha compaixão.
Entenda que ele é tão passível de falibilidade quanto você, apenas está a alguns kilômetros na sua frente.
Ou metros...
Levei muito tempo pra entender o que nenhum mestre vai me ensinar:
que aquilo que eu insisto em procurar nos livros e nas aulas, está dentro de mim.
Preciso apenas parar de ter medo de procurar...
No Bhagavad Purana, Krishna diz:” você deve ser um jardineiro de Deus, administrando cuidadosamente o jardim,
mas jamais se tornando apegado por aquilo que irá florir ou brotar; que irá dar frutos ou que irá murchar e morrer.
A expectativa é a mãe da frustração e o aceitar, nos dá paz.”
Assim, agradeço aos mestres que me acolheram, assim como àqueles que me frustraram.
Talvez tenha sido com estes que eu mais tenha aprendido...
Namaste.
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