quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Sagrada foi a vida e sagrada é a partida.

Quando perdemos alguém que amamos, devemos aceitar, mesmo sentindo uma dor que parece que não passará nunca...
Aceitar com amor! Porque sagrada foi a vida e sagrada é a partida.
Quem garante que lá, onde ficam os espíritos, não é muito mais bonito do que aqui?
O que ficou por dizer, o que não fizemos foi o que poderíamos ter feito naquele momento.
Um dia, nos reencontaremos com quem partiu sem se despedir.
Somos seres espirituais vivendo brevemente como humanos!!! Voltar a ser espírito deve ser como voltar para casa...
Ishvara Pranidhana é também oferecer os frutos das ações a esta força maior.
Ou seja, tanto a intenção, a causa, quanto os frutos que virão são oferecidos. Nada fica para nós.
O ego, aquele que age, nada colhe. Ele age porque é seu dharma agir, mas desapega-se dos frutos.
Isto muda a concepção errônea que às vezes temos de karma yoga, como sendo ação desinteressada, sem expectativas.
Neste caso, existe a expectativa porque quando ajo, espero os frutos da ação, mas os entrego. Nada fica!
O ato de comer passa a ser sagrado. Não vemos o alimento apenas como o objeto de satisfação de nossa fome e sim, como uma prasada, uma oferenda divina, que merece ser degustada com atenção.
Nosso banho deixa de ser algo automático e passa a ser como banhar-se nas águas dos rios sagrados.
E assim, todos os nossos dias podem se tornar sagrados, assim como todos os nossos atos.
É só manter a conexão. É só não cortar o cordão...
Namaste...

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