segunda-feira, 1 de junho de 2009

sentidos da vida

Neste fim de semana, fiz meu primeiro retiro com minhas duas amigas, sócias, parceiras, irmãs Patricia e Vanessa. 
Chamamos de SENTIDOS DA VIDA-um encontro entre mulheres.
Escolhemos fazer só com mulheres porque queríamos honrar as deusas. Não que os homens não as honrem, mas quando as mulheres se encontram sem os homens, a energia é mais forte, mais sagrada, mais materna mesmo. carinhosa. Agregadora. Doce. Generosa.
E foi exatamente assim que aconteceu.
Mesmo tendo saído de São Paulo numa sexta feira chuvosa e engarrafada, todas as participantes chegaram bem, dispostas e abertas para as trocas que acabaram sendo muito maiores do que pensamos...
Aliás, sobre expectativa, curiosamente não criei muita expectativa, nem fiquei muito nervosa, porque algo dentro de mim dizia que já tinha dado certo... 
Será que isso se chama amadurecimento? Ou uma atitude yogui de fazer o melhor que pode, com todo o seu amor, e entregar... porque sabe que existe algo muito maior do que nosso desejo de que dê certo... 
Existe uma ordem e somos regidos por essa ordem... Causa e efeito... 
Cada ação, cada pensamento ou palavra é karma, gera efeitos. Portanto, muito cuidado com o que dizemos, pensamos ou fazemos porque fica registrado. Entra no nosso hardware...
Bem diz o Dalai Lama: Seja generoso nem que seja por egoísmo...
Na primeira noite, fazia frio, chovia, mas o jantar foi maravilhoso. A comida do lugar era fantástica graças ao talento de duas senhoras, mãe e filha, que tentei convencer a trocar São Francisco Xavier por São Paulo, mas elas não me deram a menor bola, apenas riram, enquanto eu exaltava a maravilha de uma cidade cheia de carros, que alaga toda vez que chove e pessoas são assaltadas na esquina de casa, durante o dia, cercada de gente que nem se mexe, por medo de levar um tiro... Muitas vezes o moleque que segura a arma tem metade do seu tamanho e um quarto da sua idade... 
Tivemos ainda uma palestra maravilhosa sobre os efeitos do yoga no sistema hormonal, pelo professor Rui Afonso, que como a Patricia, a Vanessa e eu, fizemos formação com o Pedro Kupfer, professor que mora em Mariscal, SC.
Fomos dormir bastante tarde para quem tinha que dar uma prática de yoga pela manhã...
Mas não dava para ser diferente. Estávamos felizes demais para fechar os olhos e dormir...
Vrttis de satisfação, de vontade de fazer planos, celebrar, agradecer...
O tempo todo, ficamos gratas por conseguirmos realizar este encontro.
A prática do sábado foi muito boa, leve, feminina, focando em asanas que estimulem as glândulas hormonais. 
Estava tranquila porque esta é a aula que dou para minhas alunas em São Paulo, no Satya Mandir Yoga. 
Asanas de fácil execução, meditação, muita respiração e, principalmente, devoção, gratidão e respeito.
Para mim, aula de yoga só com asanas é alongamento...
Sinto que elas gostaram, algumas se emocionaram e não tem nada que gratifique mais um professor de yoga do que o rosto de felicidade dos alunos no fim da aula...
Depois de um delicioso café da manhã, onde todos os princípios do yoga, de comer com retidão, vão para o espaço, tivemos uma palestra de astrologia com o querido Horácio Tackanoo. 
Já fiz muito mapa com astrólogos ocidentais maravilhosos, mas nada bate mais do que um mapa védico. Até um pouco assustador, de tão claro, nu e cru! 
Com os olhos colados no computador, ele diz mais coisas sobre sua personalidade do que você pode ter aprendido em todo o período da sua vida. Um poderoso instrumento de auto conhecimento e transformação. Mas é preciso ter coragem, porque não necessariamente ele vai dizer que você, por ser libriana, tem um sorriso fácil, tem muitos amigos, gosta da beleza e busca o equilíbrio na sua vida...
Tem a ver com missão! Dharma!!! Com o sentido que você dá a sua vida. E isso envolve uma sadhana, uma série de atitudes físicas, mentais, literais que você deve tomar. E não adiante fingir que não é com você porque é!!! Está escrito! 
Depois do almoço, tivemos a tarde livre para leituras, caminhadas, ou simplesmente não fazer nada.
Fim de tarde, uma vivência de danças circulares com a Vanessa. Eram danças circulares sagradas, uma maneira de reverenciar, compartilhar e agradecer, dançando... 
De noite, mais uma vez, a retidão passou longe do salão onde comíamos e para finalizar a noite, uma fogueira e um kirtan conduzido pelo nosso amigo Bruno Jones, que também é professor de yoga, formado pelo Pedro Kupfer. Cantamos mantras para as deusas até o frio congelar os dedos do Bruno e decidirmos dormir.
No domingo, dei uma prática e não uma aula. Como o Rui estava me ajudando, fazendo os ajustes, pude dar uma prática flow, com asanas bem simples, mas que se ligavam de uma forma bem suave. Senti que a prática fuiu ainda melhor do que no dia anterior porque estávamos mais conectadas.
Acabei com uma auto massagem que aprendi com a Dra. Susan do Visão Futuro, que é maravilhosa para fazermos todos os dias.
Depois do café da manhã, uma palestra do Rui sobre como montar uma prática pessoal. Achamos que seria bom que elas levassem um repertório de asanas, pranayamas e purificações para fazerem em casa.
E para finalizar, um almoço que colocou toda a nossa teoria yogui de desapego, equanimidade, não violência, contenção, verdade e retidão por água abaixo.
Caímos de boca no pudim que a Glória fez de sobremesa... Não sobrou nem o caldo...
Namaste....




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